31 agosto 2019 - 13 janeiro 2020. Ciudad de México, MX

Centro de la Imagen

Africanos é um projeto transmídia de pesquisa, exposição, difusão e produção que visa dimensionar e influenciar a construção de imaginários em torno dos povos de origem africana na América Latina e mostrar como seu impulso atravessa o continente de norte a sul. Historicamente tem havido processos de invisibilização, branqueamento, ocultação e desconstrução da imagem dos povos de origem africana em quase todos os países da região, por isso é essencial revelar e reconstruir visualmente o mapa da diáspora africana na América Latina a partir de diferentes disciplinas e perspectivas.

Os 280 caracteres de um tweet são suficientes para mostrar a desumanização do "outro" e a exibição do racismo que considera "natural" a supremacia de um grupo étnico sobre outro

Angélica Abelleyra

Imprensa

21 outubro 2018

África dentro de América

25 outubro 2019

Las personas no se dividen en colores

Sobre 280 Chibatadas

O Brasil foi o último país da América Latina a abolir a escravidão, depois de ter importado mais escravos africanos do que qualquer outro país latino-americano a partir do século dezesseis. É também um dos países que mais ostenta sua “mistura e diversidade racial”. Para o centenário da abolição da escravatura em 1988, a Universidade de São Paulo realizou uma pesquisa na qual 96% dos entrevistados declararam não ter preconceitos raciais, enquanto 99% afirmaram conhecer alguém que o fosse: “Todo brasileiro se sente como uma ilha de democracia racial cercada de racistas de todos os lados”.

As fotografias de um álbum de família de uma menina de ascendência africana nos convidam a participar de um jogo que evoca a infância e a vida cotidiana de uma pessoa comum. Um tweet de 280 caracteres é suficiente para desnudar a mesa das maravilhas brasileiras, transformando o espectador em um questionador diante de banalidades brutais e uma desumanização fatal do outro, muito no presente. Bem no século XXI, a internet restabelece uma realidade cotidiana que mostra o incrível poder contido na “história única” e o legado de seus criadores ou disseminadores, pois passa a fazer parte do imaginário coletivo, com sua gradação de tons e autodefinições: ubíqua, apesar dos gestos simbólicos que perdem seu significado e acabam sendo meras desculpas, justificações. O aberrante se tornou natural, licenciado.

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