Humanae é um trabalho fotográfico em andamento da artista Angélica Dass. Atualmente composta por mais de 4.500 retratos de voluntários de todo o mundo, a Humanæ procura documentar as verdadeiras cores da humanidade e trazer uma reflexão crítica sobre os falsos rótulos brancos, vermelhos, pretos e amarelos associados à raça. O projeto não seleciona os participantes e não há data definida para sua conclusão. É uma jornada de possibilidades abertas que enriquece a maneira como nos vemos, além de rostos e cores. Atualmente, o artista tem feito retratos em 38 cidades diferentes e 20 países diferentes.

No debate público, a questão da imigração é tratada em grande medida como uma ameaça, um perigo ou uma crise. “Invasão”, “intrusão”, “substituição”, ‘vaga’, “submersão”…. Estes termos associados à migração alimentam toda uma série de preconceitos. Contribuem para a construção de uma certa imagem das pessoas que migram, dando a impressão de um fenómeno maciço e repentino.
No entanto, uma janela para o passado, para as origens da humanidade, mostra-nos que as migrações sempre existiram. A raça humana foi construída com base em cruzamentos, contactos, intercâmbios e encontros. Na era da globalização, a mobilidade humana nunca foi tão grande. No entanto, revela também as desigualdades sociais, económicas e ambientais que existem nas nossas sociedades.
Para uma parte da população mundial, este movimento é depreciado, enquanto que para outros é encorajado. No entanto, pode ser visto como uma oportunidade de intercâmbio cultural entre populações e indivíduos. Ao nível dos organismos vivos, é também essencial para o desenvolvimento e a sobrevivência das espécies: não há vida sem movimento!



O movimento é parte integrante do nosso património enquanto espécie humana.




Sobre a Humanae
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